Fatos da Amazônia – 2025

O estudo Fatos da Amazônia 2025 apresenta um retrato abrangente e atualizado da Amazônia Legal com base em dados públicos e confiáveis sobre o território, a população, o meio ambiente e a economia da região. A publicação mostra que a Amazônia Legal concentra 59% do território brasileiro, abriga 26,7 milhões de habitantes e enfrenta desafios urgentes ligados ao desmatamento, pobreza, urbanização precária e violência.

Segundo o estudo, o desmatamento acumulado até 2024 já atinge 857 mil km², ou 21% da cobertura florestal original do Bioma Amazônia. No mesmo período, foram registrados cerca de 2 milhões de focos de calor, com destaque para os estados do Pará e Mato Grosso, que lideram os registros de queimadas.

As emissões líquidas de gases de efeito estufa (GEE) da região ultrapassaram 600 milhões de toneladas de CO₂ equivalente em 2022.

A publicação também destaca o peso da Amazônia na produção de alimentos e produtos da bioeconomia. Em 2023, a produção de açaí gerou R$ 8,9 bilhões em valor, seguida pelo cacau (R$ 2,1 bilhões) e castanha-do-brasil (R$ 173 milhões). No mesmo ano, o rebanho bovino na região chegou a 106,7 milhões de cabeças, e as pastagens ocuparam 76,8 milhões de hectares — mais do que o dobro da área plantada com agricultura.

Problemas ambientais persistem, como a mineração ilegal, que já ocupa 246 mil hectares, com forte presença em áreas sensíveis como a Terra Indígena Yanomami. Além disso, a superfície de água da região encolheu quase 9% entre 2022 e 2024, impactada por eventos extremos como secas severas.

Em termos sociais, a Amazônia Legal concentra 36,2% da população em situação de pobreza, acima da média nacional. Embora a maioria da população (76%) viva em cidades, o acesso a infraestrutura básica ainda é limitado: apenas 19,3% das moradias cadastradas no CadÚnico contam com rede de esgoto, contra 60,2% no restante do Brasil.

A violência também é uma preocupação crescente. A taxa de homicídios na região chegou a 32,9 por 100 mil habitantes em 2023, permanecendo acima da média nacional, mesmo após leve recuo em relação ao pico de 2017.

O relatório propõe que, diante da diversidade e complexidade amazônica, é necessário compreender as múltiplas “Amazônias” que revelam diferentes níveis de conservação e uso da terra.

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